quarta-feira, 25 de outubro de 2006

Futebol e impostos

O governo quer que os futebolistas deixem de estar abrangidos por um regime especial e que passem a pagar impostos como o resto da populaça.

Plenamente de acordo, e não me venham com essas tangas da profissão de desgaste rápido.

Alguém me pode garantir o meu posto de trabalho para o ano que vem?
Pois não… Então, porra, a minha profissão também pode ser de “desgaste rápido”, com a agravante que o meu parco salário não me permite amealhar um pé-de-meia como os profissionais da bola, que podem ganhar num ano (bem sei que não são todos) o que a mim me custa a ganhar numa vida de trabalho.

Acho todos devemos levar pela mesma bitola e descontar de acordo com os ganhos.
Consideremos o comum subsídio de férias do comum cidadão. Muitas vezes, o facto de ganhar dois salários num mês, provoca uma subida, ainda que momentânea, no escalão do IRS. Ora, se a populaça tem que descontar mais por ganhar mais, porque é que os jogadores não hão-de fazer o mesmo?
Falemos com seriedade… Em conformidade com o dia-a-dia cá do burgo, será ainda vamos assistir a uma greve geral dos profissionais do futebol?

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