domingo, 7 de janeiro de 2007

Nove meses

Mais um mês se passou, com a cria a crescer e a tornar-se, cada vez mais, parte integrante e omnipresente neste mundo em que vivemos.

Foi um mês cheio de emoções, especialmente com a época Natalícia e de Fim do Ano a destabilizarem, um pouco, o dia-a-dia da nossa filha.
Afinal de contas, mãe e pai estiveram de férias e a pequena criatura pôde, desde já, experimentar a sensação de se baldar à escola e ficar em casa, sem horários para cumprir.

Para nós, foi motivo de orgulho, e muita baba, termos ido à primeira festa de Natal no infantário onde, pelos vistos (já que não nos foi possível assistir), a pequena criatura foi a estrela da companhia ao fazer de Menino Jesus no Presépio.

Durante este mês, a saúde andou com altos e baixos, e a bebé ora estava muito bem, ora começava cheia de tosse e ranho até dizer chega.
Conclusão: toca de adquirir, à laia de empréstimo, que estas coisas são caras, uma daquelas maquinetas que produzem vapores e verdadeiras maravilhas, no que toca ao frágil organismo.

O problema é que uma criatura deste calibre ainda não sabe escarrar e a porcaria, que acaba por se soltar à custa de tanto vapor, tem que sair por algum lado, a saber, ou na bosta, que persiste em ter um cheirinho de deixar qualquer um mal disposto, ou, então, sai por cima e, nesse caso, a criança aproveita a tosse provocada por uma engasgadela ao comer a sopa para vomitar e livrar o organismo daquela matéria nefasta.

Porcaria aparte, a vida continua cheia de boa disposição, com a curiosidade nata em agarrar e analisar tudo aquilo a que consegue deitar a mão (bochechas e nariz do pai incluídos), com a produção e estudo de novos sons (por vezes estridentes) e com novas birras, quando chega a hora de comer e de dormir.

A propósito de dormir, a cria tem vindo a adoptar umas posturas meio alucinadas que, segundo outras fontes, são normais nestas idades e, por vezes, damos com ela completamente atravessada na cama, com os pés na almofada ou a dormir de joelhos, como quem está a gatinhar.
Mas uma coisa, à qual se habituou desde mais tenra idade, não pode faltar: a fralda de pano, que agarra com unhas e dentes, enquanto chucha no polegar.

Entretanto, surgem novas expressões faciais, associadas a olhares de surpresa, e certa indignação, cada vez que tenta gatinhar e se apercebe que ainda não consegue.

O palranço continua, forte e bem audível, mas aquela palavra que tanto anseio ouvir, clara e convenientemente, ainda não passa dum pá muito fechado e muito tímido.
Será que ainda falta muito, filha?

1 comentário:

Anónimo disse...

Parabéns á familia por mais este mês