terça-feira, 19 de junho de 2007

IVG

Tanta coisa com a história recente da lei do aborto, o referendo e toda a treta inerente ao caso e, afinal de contas, continua tudo na mesma ou pior, dependendo do ponto de vista que se defenda.

Tanta pressa e, afinal, os hospitais públicos ainda não estão preparados para que a nova lei seja aplicada, o que deveria acontecer a partir da próxima sexta-feira.

Logisticamente, só 35% dos hospitais que possuem serviço de obstetrícia é que requereram autorização para encomendar o comprimido abortivo usado na interrupção da gravidez.

Tecnicamente, a maioria dos hospitais continuam à espera dos aparelhómetros necessários para a realização de abortos cirúrgicos.

Humanamente, faltam médicos dispostos a levar em diante esta prática da medicina, já que cerca de 75% dos profissionais são objectores de consciência, não permitindo, desta forma, que o princípio de que qualquer mulher poderia abortar fora da sua área de residência possa, efectivamente, ser cumprido.

É bom que se entenda, especialmente para aqueles que tão acerrimamente defenderam a legalização do aborto e a política do Sr. Sócrates nesta matéria, que, afinal de contas, o executivo também está a falhar nesta matéria, já que meia dúzia de dias não serão, com certeza, suficientes para implementar tudo o que falta de modo a cumprir com as promessas feitas.

Sem comentários: