quinta-feira, 21 de junho de 2007

Justiça cá do burgo

Parece que houve, lá por terras do norte cá do burgo, uma septuagenária que, preocupada com a saúde da sua pele, adquiriu um creme de beleza avaliado em 4 míseros euros.

Inicialmente, o supermercado lesado, já que se dizia que a senhora tinha furtado o dito produto, avançou com uma queixa que levou a senhora à barra do tribunal, com todos os custos inerentes a um processo desta envergadura.

Depois, lá veio o dito supermercado denunciante entregar um talão que prova que a senhora, afinal, até pagou a tal ninharia, o que levou a uma reviravolta súbita do processo, com o próprio Ministério Público a pedir a absolvição da arguida.

Independentemente do sucedido, será que valeu a pena, por uma merda de 800 escudos, tanto trabalho e tanta chatice, ou o Ministério Público devia era de estar mais concentrado e motivado para levar à barra dum tribunal casos de importância, seja ela material ou moral, bem mais relevante?

Quanto à senhora, fica uma sugestão, só passível de ser levada em diante caso esteja de consciência tranquila e tenha, efectivamente, pago o referido produto de beleza.

Aproveite que está no tribunal, não se faça rogada e peça uma indemnização, quanto mais não seja por ter visto o seu bom-nome difamado num processo do qual não tem culpa.

1 comentário:

Nuno Andrade Ferreira disse...

É uma daquelas histórias que não lembram a ninguém.