quinta-feira, 3 de julho de 2008

Declaração ao país

Por questões relacionadas com os compromissos assumidos para ser um bom pai, não tive oportunidade de acompanhar, na íntegra, as declarações do Sr. Sócrates ao país.

Declarações, sim, porque o que vi, de entrevista nada tinha, uma vez que o homem falou do que quis e mais lhe convinha, sem tocar em alguns dos assuntos mais prementes da nossa sociedade como, por exemplo, as perspectivas de aumento do desemprego que assola o país.

O Sr. Sócrates apresentou-se, sem dúvida, com a lição bem estudada e, com a anuência, ou não, dos entrevistadores, limitou-se a fazer um bocado de propaganda política numa de abafar a entrevista de Manuela Ferreira Leite, da noite anterior, o que não se afigurava nada difícil dado à, também, falta de conteúdo desta.

O fim da entrevista foi, claramente, um discurso de campanha, com aquelas balelas de ser o primeiro-ministro dum país em dificuldades que quer ajudar a populaça a superar os maus momentos e de esperar ser visto como alguém em quem os portugueses acreditam, com ânimo para dar e vender e cheio de soluções para superar a crise.

Pois eu não espero nada disso.

Espero, isso sim, que o Sr. Sócrates entenda que o seu executivo é o principal responsável pela merda em que estamos mergulhados e que rectifique, desde já, a má obra feita, ou, mais simplesmente, que largue o poleiro e se ponha a andar.

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