segunda-feira, 14 de julho de 2008

Tenho os meus direitos

Lembro-me que, há uns tempos atrás e quando começaram a ser noticiados cada vez mais casos de violência cá no burgo, o ministro da tutela veio a público com a absurda afirmação de que Portugal é um país seguro e que, comparativamente com outros países, os níveis de violência são baixos, o que, à primeira vista, até pode ter alguma lógica, se pensarmos, como certamente fez o ministro, que o burgo é um pedaço de terra bem mais pequeno que a maioria dos restantes da Europa em que nos inserimos.

A verdade é que esta merda está a saque e a populaça sente, cada vez mais, a insegurança que paira no ar.

Ciganos e negros envolvem-se aos tiros, numa de guerrilha urbana, pondo em risco o resto da populaça que, pacatamente, passava na zona.

Gangs rivais de negros envolvem-se em cenas de pancadaria numa qualquer praia em Oeiras e, face à presença da polícia, decidem pôr de parte as tais rivalidades e unem-se para afiambrar, em conjunto, quem foi até à praia para repor a ordem e proteger o resto dos cidadãos que preferem apanhar sol em vez de levar com alguma coisa perdida no meio da confusão.

As notícias do “carjacking” sucedem-se, em locais tão dispersos cá do burgo, e ninguém se atreva a defender que está a ser assaltado porque leva com um balázio nos cornos.

À semelhança do “carjacking”, já nem se fala nos assaltos a lojas nem, sobretudo, nos assaltos a caixas Multibanco, durante os quais, se necessário, os rufias até chegam a mandar abaixo uma parede para levar a maquineta.

Enfim, o país está a saque e não se vê que a coisa venha a ter solução, já que nem as maternidades escapam, como foi o caso duma qualquer maternidade algures no norte do país, onde os gajos entraram e levaram a receita do parque de estacionamento.

Caso sejam apanhados, esta gentalha volta cá para fora num ápice, com uma pulseirinha toda catita ou com a “obrigatoriedade” de se apresentarem, periodicamente, numa esquadra próxima.

Em alternativa, reúnem com a Presidência da Câmara, que já disse que aquilo é obra duma pequena minoria, com a Protecção Civil, com o Governo ou com o raio que os parta, e ainda lhes vão pedir casas novas, porque, coitadinhos, estão a ser atacados e não se sentem seguros.

Que eu me tenha apercebido, nas imagens que passaram na televisão, os pobres coitadinhos dos ciganos estavam armados, e bem armados, e não me venham cá com merdas e desculpas esfarrapadas.

Essa escumalha, quer dum lado quer do outro, vive em casas oferecidas pelas câmaras, com uma renda de 15 ou 20 euros, têm um bom televisor LCD em casa, provavelmente roubado, um bom carro à porta do prédio, provavelmente roubado antes de ser transformado pelo “tunning” que sai mais caro que o próprio carro mas que talvez possa ser pago com umas negociatas ligadas ao tráfico de droga ou a assaltos à mão armada, estão plenamente integrados na sociedade produtora deste país, de tal forma que uma larga percentagem da populaça prisional é composta por “lelos” e negros e são excelentes cumpridores dos seus deveres fiscais.

Resumindo e concluindo, são fortes contribuidores para o desenvolvimento deste belo país, bem-educados e cordiais no comportamento e na linguagem a que regularmente assistimos, por exemplo, nos transportes públicos e fieis cumpridores da ordem pública.

Dito isto, ou melhor, dita toda esta lenga-lenga, eu, que sempre paguei os meus impostos, nunca causei desacatos nem nunca roubei nada, a não ser, quando gaiato, uns chocolates e umas cerejas perdidas nuns caixotes à porta da mercearia lá perto de casa, sempre fui respeitador e bem educado, e que, confesso que porque tem mesmo que ser, se quero ter pão na mesa ao fim do mês, vou dando o meu contributo para o desenvolvimento deste país, vou mudar de atitude!

Como até moro num local paredes-meias com este género de populaça, sinto-me inseguro, temo pela segurança da minha família e, por conseguinte, vou ali à candonga comprar uma caçadeira de canos serrados, encho as peidas dos vizinhos de chumbo (sem os matar, claro, porque, senão, passo a ter cama, comida e roupa lavada numa qualquer prisão e deixo a família a viver em piores condições do que eu) e, depois, vou ali exigir uma casa num condomínio privado com piscina e “jacuzzi”.

Sim, porra, porque se, ao contrário desta gajada, pago os impostos que me são exigidos, tenho direito a ter mais direitos!

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