quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Marcas automóveis - Maserati


A marca italiana está ligada aos irmãos Maserati – cinco, no total – e teve a sua génese com Carlo e Alfieri Maserati, que trabalhavam na construção de motores e carroçarias para carros de corrida.

Fundada em 1914, a Maserati viu interrompida a sua produção, por causa da 1ª Guerra Mundial, para reabrir, em 1926, com a produção do seu primeiro carro de corrida, o Tipo 26, que contava com um motor de oito cilindros em linha, montado num chassis Isotta Frascchin, com apenas 1.500 cc mas capaz de debitar 130 cavalos graças a um sistema apelidado de “volumetric charger”.

De imediato, o carro deu nas vistas, ao ganhar o escalão em que estava inserido, e a Maserati começou a ganhar clientes, dando continuidade ao Tipo 26 até 1930, numa altura em que o motor já tinha uma cilindrada de 2800 cc.

Quando, em 1932, Alfieri morreu, os projectos da Maserati, entretanto mergulhada numa situação financeira difícil, continuaram a ser desenvolvidos pelos seus irmãos Ettore e Bindo, que aguentaram a marca até 1937, ano em que, com dificuldades financeiras acrescidas, se viram obrigados a vender a empresa à família Orsi, ainda que ficasse estipulado, contratualmente, que continuariam a trabalhar na Maserati, o que viria a acontecer até 1947, altura em que, perante a insistência dos novos donos em fabricar carros de estrada, decidiram sair e formar a OSCA.

Em 1958, depois de ter abandonado a competição automóvel, a Maserati lança o 3500 GT – o primeiro carro feito para circular, exclusivamente, em estrada – um luxuoso e potente coupé que foi o veículo mais bem sucedido da marca em termos de vendas até então.

Seguiram-se o Sebring, em 1962, e o Quattroporte, o primeiro automóvel de 4 portas da marca, em 1963, que viria a manter a sua produção, fruto de diversos “restylings” até 2004.

No final da década de 60, a Maserati foi comprada pela Citroën e a parceria manteve-se até 1974, altura em que a marca francesa se fundiu, com a Peugeot, no Grupo PSA e vendeu a marca italiana à DeTomaso, que conseguiu revitalizar a Maserati ao apresentar modelos como o Quattroporte III, o Kyalami e o Biturbo, modelo que fez aumentar consideravelmente as vendas da marca do tridente.

Em 1993, a Maserati volta a ser comprada, desta feita pela Fiat e em 1999 passa a ficar debaixo do controlo absoluto da Ferrari, marca, também, pertencente ao mais conhecido fabricante italiano, que torna a Maserati na sua divisão de luxo.

Nesse mesmo ano lança o 3200 GT, um modelo que volta às linhas típicas da Maserati e que, mercê do potente motor com 3200 cc e 370 cv, era capaz de alcançar os 100 km/h em menos de 5 segundos.

Em 2004 é produzido o MC12, um super desportivo derivado da versão de corrida, desenvolvida para participar no campeonato FIA GT, que apenas contou com 25 unidades comercializadas.

Actualmente, e desde que faz parte do Grupo Fiat, com ou sem a Ferrai à frente dos seus destinos, o posicionamento da Maserati mudou radicalmente e, enquanto a Ferrari produz e comercializa, em média, cinco mil e quinhentas unidades por ano, a Maserati, no seu planeamento estratégico para um futuro próximo, estima colocar no mercado internacional cerca de 10 mil unidades por ano até 2010, voltando, assim, a dar lucro.

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